quarta-feira, janeiro 10, 2007


“O doce sabor amargo do prazer carnal”


...Então as caricias iniciam. O sangue começa a jorrar nas veias, enrijecendo as carnes, que se abrem e fecham num balé de hormônios. Testosterona e progesterona finalmente se encontram, transformando os músculos e tudo que está em seu entorno. Mãos, pés, peles e pelos se elevam unidos, para participar da mesma sinfonia de gritos e gemidos e de promessas vãs.
Bocas. Hum as bocas... Boca que morde, que xinga, que beija e morde, chupa e cospe como se estivesse devolvendo para o corpo aquele necta divino, maligno cálice embriagador!
Seios, barrigas, bundas, vagina e pênis esculpidos como que por um escultor: tenros, pontudos, quentes, macios e belos. Bem como dirá Dionísio!
O coração bate, as pernas tremem, as cochas também batem, cada vez mais se encontram,e se perdem, se esbarram e colidem, chocam, trombam... Mas logo estão em outra posição. Mamãe e Papai de quatro, 69 como o encaixe perfeito assim como o yng yang. Os encaixes são perfeito e não importa se é grande, médio ou pequeno, se é P,M,G,ou GG não interessa!
O pecado da contemplação do ato é deliciosamente infernal. Hahaha! Entrar e sair, cheirar, mais uma vez beijar, lamber. Entrar e sair, movimentos que seguem embalando os corpos pretos e brancos, orientais e ocidentais, judeus e nazistas que inflamados contemplam uns aos outros quanto se olham e vêm no outro a satisfação daqueles toques excitantes, que é banhado pelo suor sacro santo que é expelido, purificando os corpos sedentos.
A respiração acelera. Han, han, han, haaan... E com ela todo o corpo entra em estado de convulsão. A respiração acelera cada vez mais, os suores aumentam, os gemidos não cessam, as bocas se encontram, os corpos colidem mais e outra vez, o coração parece que vai sair pela boca, o pênis e a vagina em agonia, angustiosos por saber que aquilo logo acabará, até que.... Haaaaaaaaaaa.... Num jorro de semem uma semente é fecundada, e as vidas iniciam seu novo ciclo de entrar e sair.

(Eu...)


6 de janeiro de 2007

00:34:13

segunda-feira, janeiro 08, 2007

Pena e asco num ponto de ônibus.”

Um dia passeando por uma bela praça, em uma dessas capitais brasileiras, tive a impressão que o tempo parou.
Parou para que eu pudesse baixar os olhos e ver, embaixo de um banco de ponto de ônibus, uma das imagens mais asquerosa que já vi nesta minha vida doentia; lá embaixo estava uma vagina entre aberta, imunda, degradante, suja, escura de sujeira e de suor, quase encostava-se ao chão, e mesmo que eu me negasse a olhar para ela, ela me chamava, me gritava, gemia,urrava, berrava tentando me contar que ela também faz parte de mim, pois os primeiros caminhos que tive na vida foi através uma vagina.
Vagina igual aquela que esta ali jogada, degradada, mas que já proporcionou muitos prazeres e alegrias no crepúsculo de uma noite chuvosa .No entanto naquele dia de sol, só poderia me proporcionar Pena e asco, por ver o quanto é degenerante a vida dura daqueles anjos decaídos que estão nas ruas.
O tempo não havia parado, o tempo não pára. Eu é que me desliguei do “caos” por um instante para perceber a caótica realidade na qual estamos inceridos.
Neguei-me a continuar olhando aquela imagem. Levantei a cabeça e vi uma linda fotografia de uma bela negra sorrindo para mim...



5 de janeiro de 2007
22:23:13