segunda-feira, março 29, 2010



Novo ano é sempre sim: felicidades!!!
Ai penso: mais um ano.... Que saco!
Todo mundo avança e segue o mesmo fluxo: navegamos sempre para o nada. Que logo todos estarão  encoberto por uma capa de madeira embaixo de sete palmos de terra. Não tem jeito mesmo, as nossas vida são um tragédia pré-escrita.
Se nos olharmos no espelho veremos os traços do tempo marcando a face, logo seremos inválidos.
E ao visitar a família vejo-a em completo estado de erosão, logo, logo serão apenas retrato na parede...
E eu aqui, nessa inercia incomoda! Mas isso faz parte do meu show: o show do jack!! Antes fosse o de truman. Pelo menos teria emoções variadas.

em 29/03/10 18:37

quinta-feira, março 04, 2010

Dizer o que Pensa

Ontem li uma daquelas frases que soam como verdade que eu deveria saber desde criança, mas que por algum motivo, me passou despercebido durante o percurso até a vida adulta: “dizer o que se pensa, é a maior aventura do ser humano.” Concordei com o autor, porque você nunca vai saber como a pessoa que receberá a sua opinião vai reagir, e como você vai responder caso sofra um enxovalho, por parte desta pessoa. Sua vida pode mudar ao falar o que se pensa.
Ao me deparar com essa frase passou-me pela mente algumas das opiniões, sem trato, que pronunciei para diversas pessoas queridas, e também, para as não queridas, durante alguma discussão, tentando convencê-las que eu era a melhor pessoa para se ter por perto, pois comigo não tem meio termo, não existem meias verdades, o conto de fadas só existe no imaginário, não na realidade em que vivemos, que jugo: injusta, desleal e hipócrita.
Uma dessas verdades à queima roupa, me causou muito embaraço ao falar para um parente que queria me acompanhar em uma festa, que ela estaria deslocada do meio teen, para a qual a festa de destinava, caso insistisse em me acompanhar (falta simples); Outra vez, em publico, quis impor a minha cega verdade, acreditando que todas as pessoas deveriam ser honestas e solidarias com as necessidades comuns, não com as individualidades (falta média); No amor, eu me imaginei onipotente, sempre diria o que me viesse à cabeça. Me tornei o maior imbecil da paróquia. Todas as virgens choraram lágrimas de sangue, lhes doeu o coração ao se deparar com seus reflexos emitidos pela minha estúpida voz (falta grave).
Com minhas opiniões fiz muitas pessoas se afastarem de mim, eu acreditava que elas não estavam preparadas para ouvir o que eu lhes falava, mal sabia eu que quem teria que aprender seria eu (o imbecil). E estou aprendendo. Uma das primeiras lições: “seja razoável e faça a média sempre.” foi o que o autor do livro me disse, e eu acrescento, “e sorria!” Afinal de contas, as pessoas não estão interessadas nas suas opiniões, pras picas o que você pensa sobre, se alguém quiser saber o que acha disso ou daquilo, ela lhe perguntará e você prontamente diz o que elas gostariam de ouvir. Acaricie o ego dos amigos. Porque dizer o que se pensa se as pessoas querem apenas um atestado para certificar-se das suas próprias opiniões? Concorde.
E se vier o dilema de: Será que estou sendo hipócrita com os meus? Ignore. Olhe na face desse alguém e veja a satisfação que ele sentiu ao perceber-se certo das suas convicções. Se a vida é sonho, como falou Calderón -não shaskespeare, como eu imaginava- então não queira ser o algoz perturbador do sono de ninguém, se seu amigo vier lhe consultar sobre o novo penteado, sobre a nova namorada, sobre o time de futebol, sobre a pulga do cavalo do Dom Pedro ou sobre física quântica, faça-o sentir-se bem: Com um sorriso no rosto diga palavras que o faça sentir-se feliz! Será que é assim mesmo que se deve agir?
Penso que tenho que reler o capítulo deste livro, talvez tenha entendido errado, afinal, fazer a média sempre não me parece ser adequado para todas as ocasiões. Talvez numa sala de debate, ou quando você é obrigado a falar com alguém para conseguir algo delas, isto se aplique, mas durante uma discussão de um relacionamento essa regra não se aplica; já pensou, se quando a sua namorada lhe falar: “Querido, acho há algo de errado na nossa relação. Eu preciso te contar que estou ficando com João. O que você me diz?...” e prontamente com um sorriso você responder: “Que nada meu amor, eu te amo e sempre vou te amar, você é a mulher dos meus sonhos, mesmo vendo você aos beijos com outro homem eu vou te amar sempre. Não te preocupa amorzinho, eu sei que tomei um pé – na – bunda, mas está tudo bem.” Me parece meio estranho e um pouco patético e inadequado fazer á média nestas circunstancias.
O melhor mesmo, me parece, é ler um pouco mais e ver o que os pensadores falam sobre esse tema, para que um dia, quem sabe, eu possa ter a minha opinião. (Nossa! Essa frase final ficou muito escancarado que estou querendo fazer à média. Desculpa, mas por falta de habilidades ou outra melhor, fica essa mesma. Vixe, falei o que pensava.)