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Se esse pensamente me ocorre, é sinal de que as coisas não estão certas. Seria o preço pela ousadia, coragem e impeto que o Pai me deu, ou será que é apenas uma aflição antecipada e desnecessária?
Se esses sentimentos me abatem, é sinal de que as coisas não vão bem. Me passa pela mente tudo que passei em minha curta, mas intensa, vida. Lembro daquele moleque, que os parente lhe contaram várias vezes que não parava de chorar, quando criança. Que teve que conviver com uma inverdade até uma certa idade, e que, quando soube a verdade, teve que aprender a calar o choro, secar as lágrimas e aprender precocemente a frase: " amadureça no carboreto".
Se essas imagens vêm a minha mente, é sinal que as coisa nao vão bem. Então, esse menino aprendeu muito cedo certas palavras: medo, desolação, desconfiança... Mas teve que aprender a erguer a cabeça, sem saber como; a dar passos, sem saber com que pé se vai na frente; a desbravar... sem ter nem um mapa para guiá-lo.
Se essas palavras saem do meu pensamento, se as deixo escapar, é por medo. Medo do novo, medo que as espectativas se frustem, medo que os sonhos sejam como os da padaria, que depois de comidos, viram bosta.
Se essas letras e palavras e frases são digitadas pelas pontas dos meus dedo, é que não tenho onde segurar com minhas mãos. Estas, que não param de ficar frias, que tremem e até ficam roxas, com todas essas novas sensações no qual meu corpo todo está inserido, em que minha alma está desalmada por frio e por solidão.
Se esse desabafo sai assim, é por temer... Eu queria um colo, queria minha tia, queria minha avó, queria... ( lágrimas).ufa! seja forte meu piá que o barco tem que cotinuar a navegar! Rema, rema, rema...
Se insisto em não deixar essas lágrimas cairem, é por que elas são preciosas e porque tenho muito o que fazer. Fraquejar? Jamais. Sorria meu guri, meu minino de pés no chão e olhos no céu. Sorria( lágrimas)... Vai buscar o que é teu. Tu vais achar, meu FILHO! Deus te abençoa!