quarta-feira, agosto 27, 2008

Décimo dia nessa nova aventura e eu começo pensar se vale a pena, se vale a pena... aventurar-se, se comer vale a pena, se amar vale apena.
Se esse pensamente me ocorre, é sinal de que as coisas não estão certas. Seria o preço pela ousadia, coragem e impeto que o Pai me deu, ou será que é apenas uma aflição antecipada e desnecessária?
Se esses sentimentos me abatem, é sinal de que as coisas não vão bem. Me passa pela mente tudo que passei em minha curta, mas intensa, vida. Lembro daquele moleque, que os parente lhe contaram várias vezes que não parava de chorar, quando criança. Que teve que conviver com uma inverdade até uma certa idade, e que, quando soube a verdade, teve que aprender a calar o choro, secar as lágrimas e aprender precocemente a frase: " amadureça no carboreto".
Se essas imagens vêm a minha mente, é sinal que as coisa nao vão bem. Então, esse menino aprendeu muito cedo certas palavras: medo, desolação, desconfiança... Mas teve que aprender a erguer a cabeça, sem saber como; a dar passos, sem saber com que pé se vai na frente; a desbravar... sem ter nem um mapa para guiá-lo.
Se essas palavras saem do meu pensamento, se as deixo escapar, é por medo. Medo do novo, medo que as espectativas se frustem, medo que os sonhos sejam como os da padaria, que depois de comidos, viram bosta.
Se essas letras e palavras e frases são digitadas pelas pontas dos meus dedo, é que não tenho onde segurar com minhas mãos. Estas, que não param de ficar frias, que tremem e até ficam roxas, com todas essas novas sensações no qual meu corpo todo está inserido, em que minha alma está desalmada por frio e por solidão.
Se esse desabafo sai assim, é por temer... Eu queria um colo, queria minha tia, queria minha avó, queria... ( lágrimas).
ufa! seja forte meu piá que o barco tem que cotinuar a navegar! Rema, rema, rema...
Se insisto em não deixar essas lágrimas cairem, é por que elas são preciosas e porque tenho muito o que fazer. Fraquejar? Jamais. Sorria meu guri, meu minino de pés no chão e olhos no céu. Sorria( lágrimas)... Vai buscar o que é teu. Tu vais achar, meu FILHO! Deus te abençoa!

2 comentários:

Rayara disse...

Toda ousadia tem um preço sim. E não se deve aventurar nada sem ter um porto para voltar. Isso vc tem, então não se preocupe.

Acho que é normal ter insegurança, afinal está mais longe, mais frio, mais “só”. Em compensação VC FOI BUSCAR. Isso que te faz uma pessoa de força! Isso que me faz gostar de vc.

Já já passa - único conselho concreto que uma pessoa que já mudou muito pode dar com toda a certeza.
Passa, e passa pra melhor!
Acho que já prendeu muito o choro e teve que amadurecer muito depressa. Não apresse o tempo. Não se cobre tanto.

Acho normal também nessa fase de mudança vc lembrar do passado. Este é o primeiro passo pra "morte".. e sempre se morre antes da renovação.
No mínimo será instrutivo, será CONSTRUTIVO, será ousado, será enriquecedor.

Vc decidiu. Vc sempre decide. Vc tem o controle. Então abra seu sorriso lindo.

Todo esse seu controle e sua desconfiança são armas que vc mesmo criou. Do contrário não conseguiria ter tanta coragem de sair de sua cidade para uma nova, e depois para outra..e pras outras que hão de vir.


meu “menino de pés no chão e olhos no céu”, vc é o senhor das escolhas.

E “por que não”?

Vida Oliveira disse...

todos sabemos que essas coisas passam, mas, no exato momento em que sentimos, por mais que digam, é dificil acreditar. então: força, um chocolate quente, um chimarrão com erva comprada no mercado central e, bem, amigos existem pra ajudar, mesmo à distância.
rsrs
PS.: não sabia q tinha blog, aliás, estou descobrindo, depois q fiz o meu, q qse todo mundo tem blog. virei sempre aqui. rsrs
beijos.