quinta-feira, janeiro 28, 2010

O Bonde não veio

Me chamo José, e como tantos outros Josés, cheio de medos, incerteza. Mas com coragem para seguir em frente erguer a cabeça e deixar os empecilhos de lado. Se o bonde não veio hoje, amanhã ele passará, é sempre assim: O bonde sempre passa e tornará a passar.
Quando cheguei neste mundo, vim num trem que estava por horas atrasado e tive que aprender a caminhar, a falar, a sorrir, a me relacionar... Mas Querer e Buscar foram sempre os maiores impulsionadores das minhas necessidades, que já foram bem maiores que as de hoje. Ontem eu tinha necessidade de pão, hoje, como tantos jovens, tenho necessidade de ser adulto e sobreviver. E como dói ser adulto! Dói porque é um universo desconhecido e cheio de segredos escondidos a sete chaves, e você tem que encontrar a chave correta. E quando você consegue uma dessas chaves, vê que não existem portas. Eterna contradição dos humanos!
Agora vejo que perdi o bonde para Pasargada, como é frustrante ter a vontade contrariada. E após a queda dos meus castelos de areia e minha couraça de vidro, ouço a celebre indagação do Drumont: E agora, José?

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